Tuesday, May 31, 2016

Cinco poemas de Jorge Curinao

Jorge Curinao                                                                                          

En tu honor
enciendo velitas de alquitrán.

Del tiempo que vivimos
solo quedan estas sombras

Em tua honra
acendo velinhas de alcatrão.

Do tempo que vivemos
só restam estas sombras.      

***

Afuera llueve
es una metáfora
de nunca acabar.

Lá fora chove
é uma metáfora
para nunca acabar.

***
Soy un mudo
que habla con desconocidos.

¿Y si el alma fuera este insomnio?

Sou um mudo
Que fala com desconhecidos.

E se a alma for esta insônia?

X

Aquel que no encontró consuelo a la orilla del mar y no
reclama fe ni esperanza, sabe que la carne es triste. Que no
hay que hablar con extraños.

X
Aquele que não encontrou consolo na beira do mar e não
reclama fé nem esperança, sabe que a carne é triste. Que não
tem que falar com estranhos.

XIII

Se aprende, en el pueblito, a caminar despacio. Se aprende
a hablar con las estrellas, con los muertos. Escucha, cierra los

ojos. Es la piedra que puse entre tus manos.

XIII 

Se aprende, com o povinho, a caminhar devagar. Se aprende
a falar com as estrelas, com os mortos. Escuta, fecha os

olhos. É a pedra que pus entre as tuas mãos.


Ilustração: plus.google.com

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