EPITAFIO PARA
HSIU HSIAN WU
Antonio Colinas
Desde
tu isla grande de Taipei
llegabas
hasta este noroeste
de
todos los olvidos
en
busca de más luz,
sin
saber que es aqui
donde
muere la luz.
Y
de tus manos blancas
iban
brotando formas prodigiosas
que
en silencio ofrendabas
al
silencio.
Ahora,
de repente, es muy negra la luz
y
con esa noticia que nos traen de tu muerte,
tu
cabeza, como la de Orfeo,
viene
rodando, entre las piedras de oro
de
esta ciudad
que
amaste,
como
un turbulento fuego negro.
Regresarás
un día siendo luz
que
ni duele ni muere.
Esa
luz que nosotros aún no vemos,
esa
luz que tú ves
y
que ya eres.
Epitáfio para Hsiu Hsian Wu
Epitáfio para Hsiu Hsian Wu
Desde
de tua ilha grande de Taipei
chegavas
até este noroeste
de
todos os esquecidos
em
busca de mais luz
sem
saber que é aqui
onde
morre a luz.
E
de tuas mãos brancas
iam
brotando formas prodigiosas
que,
em silêncio, oferecias
ao
silêncio.
Agora,
de repente, é muito negra a luz
e,
com esta notícia que nos trazem, de tua morte,
tua
cabeça, como a de Orfeu,
vem
rodando, entre as pedras de ouro
desta
cidade
que
amaste,
como
um turbulento fogo negro,
Regressarás
um dia sendo luz
que
nem doe nem morre.
Esta
luz que nós, outros, não vemos,
esta
luz que tu vês
e
que eras.
Ilustração:
mitologiagrega.net.br
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