Julieta
Dobles
Si
tu silencio me muerde la alegría,
escribo.
Si
no hay música que llene tus ausencias,
escribo.
Si
añoro la quemadura de tus manos
sobre
mis playas húmedas,
escribo.
Si
cuando te nombro me recorre la espalda
una
fila de besos emigrantes,
escribo.
Si
en tus labios borrados adivino
la
única fuente que me mata de sed,
escribo.
Si
el vacío de tu voz transforma mis silencios
en
tambores ausentes y enervantes,
escribo.
Si
toda mi piel grita de soledad y miedo
para
ahuyentar la soledad invasora,
escribo.
¡Cuánta
poesía entretejen
tu
ausencia y mi dolor!
SILOGISMO DA AUSÊNCIA
Se
o teu silêncio me morde alegria,
escrevo.
Se
não há música que preencha as tuas ausências,
escrevo.
Se
lamento a queimadura de tuas mãos
sobre
minhas praias úmidas,
escrevo.
Se
quando te nomeio me caminha pelas costas
uma
fileira de beijos migrantes,
escrevo.
Se
em teus lábios apagados adivinho
a
única fonte que me mata de sede,
escrevo.
Se
o vazio de tua voz transforma meu silêncio
em
tambores ausentes e enervantes,
escrevo.
Se
toda a minha pele grita de solidão e medo
para
afugentar a solidão invasora,
escrevo.
Quanta
poesia entrelaçam
tua
ausência e a minha dor!
No comments:
Post a Comment