Tuesday, May 24, 2016

Mais uma poesia de Walter de la Mare

The Song of Shadows

Walter de la Mare

Sweep thy faint strings, Musician,
With thy long lean hand;
Downward the starry tapers burn,
Sinks soft the waning sand;
The old hound whimpers couched in sleep,
The embers smoulder low;
Across the walls the shadows
Come, and go.

Sweep softly thy strings, Musician,
The minutes mount to hours;
Frost on the windless casement weaves
A labyrinth of flowers;
Ghosts linger in the darkening air,
Hearken at the open door;
Music hath called them, dreaming,
Home once more."

CANÇÃO DAS SOMBRAS

Toca as delicadas cordas, Músico,
Com tua mão magra e longa;
Abaixo as velas estreladas queimam,
Desmancham-se suavemente na areia;
O velho sabugueiro em sonhos se queixa,
As brasas, em fogo baixo, ardem;
Através dos muros as sombras chegam,
Vem e vão. 

Toca ternamente as cordas, Músico,
Com os minutos monta as horas;
A geada, sem vento, nos batentes  
Tece um labirinto de flores;
Fantasmas permanecem no ar que escurece,
Ouvindo pela porta aberta;
A música os chama, os convida a sonhar,
Uma vez mais, a regressar ao lugar.


Ilustração: bardodassombras.blogspot.com

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