Tombeau d’Edgar Poe
Stéphane
Mallarmé
Tel qu’em
Lui-même enfin l’éternité le change,
Le Poète
suscite avec um glaive nu
Son siècle
épouvanté de n’avoir pás connu
Que la mort triomphait dans cette voix étrange!
Eux, comme un vil sursaut d’hydre oyant jadis l’ange
Donner uns sens plus pur aux mots de la tribu
Proclamèrent très haut le sortilège bu
Dans le flot sans honneur de quelque noir mélange.
Du sol et
de la nue hostiles, ô grief!
Si notre
idée avec ne sculpte um barelief
Dont la
tombe de Poe éblouissante s’orne,
Calme
bloc ici-bas Chu d’um désastre obscur
Que ce
granit du moins montre à jamais sa borne
Aux noirs vols du Blasphème épars dans le futur.
O túmulo de Edgar Poe
Tal qual
em si mesmo, enfim, a eternidade o toca,
O poeta
suscita com um escudo erguido
Seu século
apavorado por não ter ouvido
Que a
morte triunfava em sua voz exótica.
Eles, num
vil sobressalto, como de uma hidra impura
Deram o
mais puro sentido ao verbo da tribo
Proclamando muito alto ao sortilégio bebido
Na enchente sem honra de qualquer negra mistura.
Do chão e das nuvens hostis, oh! Amargura!
Se nossa ideia não gera o relevo de uma escultura
Com o qual se orne, de Poe, a tumba deslumbrante,
Calmo bloco caído de algum desastre escuro,
Que este granito, ao menos, torne intermitente
os voos que a blasfêmia esparsa no futuro.
Proclamando muito alto ao sortilégio bebido
Na enchente sem honra de qualquer negra mistura.
Do chão e das nuvens hostis, oh! Amargura!
Se nossa ideia não gera o relevo de uma escultura
Com o qual se orne, de Poe, a tumba deslumbrante,
Calmo bloco caído de algum desastre escuro,
Que este granito, ao menos, torne intermitente
os voos que a blasfêmia esparsa no futuro.
Ilustração:
jornalpatropi.blogspot.com
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