Thursday, May 09, 2019

E, agora, uma poesia de Allen Ginsberg


In Back Of The Real                                

Allen Ginsberg

railroad yard in San Jose
I wandered desolate
in front of a tank factory
and sat on a bench
near the switchman's shack.

A flower lay on the hay on
the asphalt highway
--the dread hay flower
I thought--It had a
brittle black stem and
corolla of yellowish dirty
spikes like Jesus' inchlong
crown, and a soiled
dry center cotton tuft
like a used shaving brush
that's been lying under
the garage for a year.

Yellow, yellow flower, and
flower of industry,
tough spiky ugly flower,
flower nonetheless,
with the form of the great yellow
Rose in your brain!
This is the flower of the World.

DE VOLTA AO REAL

No pátio ferroviário de San Jose
eu vaguei desolado
defronte de uma fábrica de tanques
e sentei num banco
perto do guichê do telefonista.

Uma flor estava lá em cima
na estrada asfaltada
-o medo tem flor
eu pensei - tinha uma
haste preta frágil e
a corola de um tom sujo amarelado
pontas afiadas como as polegadas
da coroa de  Jesus e um sujo
tufo central de algodão seco
como um pincel de barba usado
que tivesse estado deitado sob
a garagem por um ano.

Flor amarela, amarela e
flor da indústria,
flor feia pontuda resistente,
flor, apesar disto,
com a forma de um grande amarelo
Rosa no seu cérebro!
Esta é a flor do mundo.

Ilustração: Pinterest.

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