Thursday, May 09, 2019

Outro poema de Tino Barriuso


MIRADA ÚLTIMA
(desde la orilla de un mar llamado Antonio)                    
Tino Barriuso

Corazón que fuera ayer
un arpegio del piano
y una herida de mujer.

Con desangelada mano
borró el tiempo aquellas horas,
las hojas de aquel verano.

De tu soledad sonora
se fue el vuelo del halcón,
el agua oculta que llora

y el oro de tu canción:
tu pretérito imperfecto
ya es silencio, corazón…

(Por exceso, por defecto
quiere cantar la cabeza,
mas no canta el intelecto)

Tu silenciosa certeza,
espina que se desclava…
que es amor y que es tristeza.

ÚLTIMO OLHAR
(da costa de um mar chamado Antônio)

Coração que foi ontem
um arpejo de piano
e a ferida de mulher.

Com uma mão sem anjo
apagou o tempo aquelas horas,
as folhas daquele verão.

Da tua solidão sonora
se foi o vôo do falcão,
a água oculta que chora

e o ouro de tua canção:
teu tempo imperfeito
Já é silêncio, coração ...

(Por excesso, por defeito
quer cantar a cabeça,
mas, não canta o intelecto)

Tua certeza silenciosa,
espinho que  se destrava ...
que é de amor e de tristeza.

Ilustração:  Spirit Fanfics e Histórias


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