José
Batres Montúfar
Yo
pienso en ti, tú vives en mi mente
sola,
fija, sin tregua, a toda hora,
aunque
tal vez el rostro indiferente
no
deje reflejar sobre mi frente
la
llama que en silencio me devora.
En
mi lobrega y yerta fantasía
brilla
tu imagen apacible y pura,
como
el rayo de luz que el sol envía
a
través de una bóveda sombría
al
roto mármol de una sepultura.
Callado,
inerte, en estupor profundo,
mi
corazón se embarga y se enajena
y
allá en su centro vibra moribundo
cuando
entre el vano estrépito del mundo
la
melodía de tu nombre suena.
Sin
lucha, sin afán y sin lamento,
sin
agitarme en ciego frenesí,
sin
proferir un solo, un leve acento,
las
largas horas de la noche cuento
¡y
pienso en ti!
EU PENSO EM TI
Eu
penso em ti, tu vives na minha mente
sozinha,
fixa, sem trégua, a toda hora,
embora
talvez o rosto indiferente
não
deixe refletir na minha fronte
A
chama que em silêncio me devora.
Na
minha lobrega e imóvel fantasia
brilha
tua imagem pacífica e pura,
Como
o raio de luz que o sol envia
através
de uma abóbada sombria
ao
mármore quebrado de uma sepultura.
Calado,
inerte, em estupor profundo,
meu
coração apreende e aliena
e
além do seu centro vibra moribundo
quando
entre o vão estrepito do mundo
a
melodia do seu nome soa.
Sem
luta, sem afã e sem lamento,
sem
agitar-me em cego frenesi,
sem
proferir um só, um leve acento
as
longas horas da noite conto
E
penso em ti!
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