The Paradise Flick
Michael
Sharkey
How
do we know Eve and Adam were happy,
deprived,
as they were, of a childhood?
Eve
never knew, unlike Adam, a world
that
was free of the chatter of others.’
How
did she cope? And how could she choose,
if
she’d wanted, to live by herself?
What
did the man eat that made him hear voices,
while
Eve was inventing frustration?
Where
could she go for a break from the sound
of
Himself, in his skin suit, like Tarzan,
assuring
the bush that he’d just given birth to a woman?
Did
she smile at the fool, or remind him that he was
asleep
when she turned up and found him?
Where
could she go to be shot of his need for a mother?
(A
pity she woke him.)
Life
for them both was a training film shown in real time,
on
the zen of zoo-keeping.
When
the encyclopedia seller arrived, who could blame her for buying?
No
exit pollster asked how she felt
when
she left at the end of the movie.
O ESTALIDO DO PARAÍSO
Como
sabemos que Eva e Adão estavam felizes,
Privados,
como foram, de uma infância?
Eva
nunca soube, ao contrário de Adam, que o mundo
estava
livre da chateação dos outros.
Como
ela podia? E como poderia escolher,
se
quisesse, viver sozinha?
O
que o homem comeu, o que o fez ouvir vozes,
enquanto
Eva estava inventando a frustração?
Onde
poderia ir para dar uma pausa do som
de
si mesma, em seu casaco de pele, como Tarzan,
assegurando
o arbusto que tinha justo acabado de dar à luz uma mulher?
Ela
sorriu como um tolo, ou lembrou-lhe que ele estava
adormecido
quando ela apareceu e encontrou-o?
Onde
poderia se chocar com a necessidade de ter uma mãe?
(Uma
pena que ela o tenha acordado).
A
vida para ambos era o treino de um filme mostrado em tempo real,
num zoológico zen.
Quando
chegou o vendedor da enciclopédia, quem poderia culpá-la por comprar?
Nenhum
pesquisador perguntou como se sentia
quando
ela saiu no fim do filme.
Ilustração: JW.org.
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