Vamos,
grande homem!
Não
te apequenes nesta hora tão precária.
A
vida é múltipla, vária,
não
há de ser um viruszinho
que
te deixe assim
tão
longe de mim!
De
onde vem tanto medo:
Da
vida que não viveste?
Ou
de saber ser inútil
o
dinheiro acumulado com tanta avidez?
Estranho,
para ti, que pregaste a claridade,
andar,
agora, mascarado,
viver
passando álcool agoniado,
e
buscar culpados dos teus receios
na
necessidade, na inconsciência e no acaso.
Vamos,
sai da tua toca!
Ou
pretendes te esconder eternamente
da
vida que sempre está lá fora?
Tudo
tem sua hora
até
a da morte.
Ficar
escondido não te traz imunidade.
Nem
teus gritos, julgamentos estéreis ou idade.
O
vírus é fera.
O
vírus é malaco.
Te
pega mesmo no isolamento
e,
quando menos esperas,
estás
um caco.
E,
podes, com tanto medo,
mesmo
sem ir lá fora,
acabar
no saco!
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