No fueron tus divinos ojos, Ana
Los
que al yugo amoroso me han rendido;
Ni
los rosados labios, dulce nido
Del ciego niño, donde néctar mana;
Ni
las mejillas de color de grana;
Ni
el cabello, que al oro es preferido;
Ni
las manos, que a tantos han vencido;
Ni la voz, que está en duda si es humana.
Tu
alma, que en todas tus obras se trasluce,
Es
la que sujetar pudo la mía,
Porque fuese inmortal su cautiverio.
Así
todo lo dicho se reduce
A
sólo su poder, porque tenía
Por ella cada cual su ministerio.
NÃO FORAM TEUS DIVINOS OLHOS, ANA
Não
foram teus divinos olhos, Ana,
Os
que ao jugo do amor me tenham rendido;
Nem
os lábios rosados, doce ninho
Da
criança cega, onde o néctar emana;
Nem
mesmo as bochechas encarnadas;
Nem
o cabelo, que ao ouro é preferido;
Nem
as mãos que a tantos hão vencido;
Nem
a voz, que se dúvida se é humana.
Tua
alma, que em todas tuas obras brilha,
É
a única que sujeitar pode a minha,
Porque
é imortal seu cativeiro.
Assim o que foi dito se reduz
Apenas
ao seu poder, porque tinha
Por
ela, cada qual seu ministério.
Ilustração:
https://amazingy.com/.
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