Monday, October 19, 2020

A poesia de Tommaso Di Dio

 

Tommaso Di Dio

 

Primo discorso alla ciurma

Oceano, Sabato 9 Settembre

 

Settembre, nuvole, rotte. Piogge

e mappe, bussole, catrame, voli. Tutte

le parole che posso dirvi, sopra questi binari

invisibili d’acqua e spuma e i pesci

come frecce, come angeli di Dio.

Noi siamo con la regina

tra i fili mobili. All’alba, vediamo le spostate

nuvole dai venti. Vediamo il passato

e il futuro in un insieme confuso: adesso ci manca

il corpo della donna o dell’uomo

che abbiamo amato. I giorni

attraversano la mente

attraversano lampi oppure pollini

attraversano spore o sinapsi, oppure sono

bocca sopra bocca

mentre tra i cordami del cielo tutto muto il mondo irradia

evapora. Dove si va

amici, le parole finiscono.

 

Primeiro discurso para a tripulação

Oceano, sábado, 9 de setembro


Setembro, nuvens, rotas. Chuvas

e mapas, bússolas, alcatrão, voos. Todas

as palavras que eu posso te dizer nessas trilhas

de água invisível e espumas e peixes

como flechas, como anjos de Deus.

Estamos com a rainha

entre os fios móveis. Ao amanhecer, vemos os deslocamentos

das nuvens dos ventos. Vamos ver o passado

e o futuro em um todo confuso: agora sentimos falta

do corpo da mulher ou do homem

que amamos. Os dias

cruzam a mente

eles passam por raios ou pólen

esporos cruzados ou sinapses, ou são

boca sobre boca

enquanto entre as cordas do céu num todo silencioso o mundo irradia

evapora. Onde nós vamos

amigos, as palavras findam.

 

Ilustração: https://www.iagua.es/.

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