Friday, October 02, 2020

Uma poesia de Juan Bautista Aguirre

 

SONETO MORAL

 Juan Bautista Aguirre

No tienes ya del tiempo malogrado

En el prolijo afán de tus pasiones,

Sino una sombra, envuelta en confusiones,

Que imprime en tu memoria tu pecado.

 

Pasó el deleite, el tiempo arrebatado

Aún su imagen borró; las desazones

De tu inquieta conciencia son pensiones

Que has de pagar perpetuas al cuidado.

 

Mas si al tiempo dejó para tu daño

Su huella errante, y sombras al olvido

Del que fue gusto y hoy te sobresalta,

 

Para el futuro estudia el desengaño

En la imagen del tiempo que has vivido,

Que ella dirá lo poco que te falta.

 

SONETO MORAL

Não tens já do tempo malogrado

No puro entusiasmo de tuas paixões,

Senão uma sombra, envolta em confusões

Que imprime em tua memória teu pecado.

 

Passou o deleite, o tempo arrebatado

Até mesmo sua imagem borrou; as agitações

Da tua consciência inquieta são pensões

Que hás de pagar perpétuas aos cuidados.

 

Mas se algum tempo deixou para o teu dano

Sua trilha errante e sombras do olvido

Do que foi gosto e hoje te sobressalta,

 

Para o futuro estuda o desengano

Na imagem do tempo que hás vivido,

Que ela te dirá o quão pouco que te falta

Ilustração: https://www.medicaldaily.com/.

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