SONETO MORAL
No tienes ya del tiempo malogrado
En
el prolijo afán de tus pasiones,
Sino
una sombra, envuelta en confusiones,
Que
imprime en tu memoria tu pecado.
Pasó
el deleite, el tiempo arrebatado
Aún
su imagen borró; las desazones
De
tu inquieta conciencia son pensiones
Que
has de pagar perpetuas al cuidado.
Mas
si al tiempo dejó para tu daño
Su
huella errante, y sombras al olvido
Del
que fue gusto y hoy te sobresalta,
Para
el futuro estudia el desengaño
En
la imagen del tiempo que has vivido,
Que
ella dirá lo poco que te falta.
SONETO MORAL
Não tens já do tempo malogrado
No
puro entusiasmo de tuas paixões,
Senão
uma sombra, envolta em confusões
Que
imprime em tua memória teu pecado.
Passou
o deleite, o tempo arrebatado
Até
mesmo sua imagem borrou; as agitações
Da
tua consciência inquieta são pensões
Que
hás de pagar perpétuas aos cuidados.
Mas
se algum tempo deixou para o teu dano
Sua
trilha errante e sombras do olvido
Do
que foi gosto e hoje te sobressalta,
Para
o futuro estuda o desengano
Na
imagem do tempo que hás vivido,
Que
ela te dirá o quão pouco que te falta
Ilustração: https://www.medicaldaily.com/.
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