Eu só creio nas coisas
imateriais,
nas presenças que não são
visíveis.
Só nas implausíveis teses
de que tudo é ambíguo,
relativo
e simultâneo.
Que o humano seja
somente,
tão somente,
mais uma forma de
energia,
de vez que a vida
não pode ser vazia
e a matéria também não.
Creio apenas na grande
ilusão
da música,
na pintura que some,
no livro,
cujo autor não sei o nome;
na imagem,
que nos cerca e se esvai,
no mistério da mágica,
que encanta, por um
momento,
e desaparece.
Sei sou um cético,
um ser descrente do
inacreditável.
Pode ser ou não.
Não há motivo para
discussão.
Se não for assim, reze
A solução pode estar
mesmo
no murmurar simples de
uma prece!
Ilustração: http://anacarolinaralston.art/.
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