Calor na avenida Pinheiro
Machado,
que procuro amenizar com
cerveja,
na mesa solitária de um bar
me ponho a divagar.
Sou surpreendido
pelas luzes vermelhas
de um veículo preto,
que acende meu desejo de
paixão.
Quanto mais vivo
mais preciso de ilusão
e de contar estórias para
acalmar
meu coração,
que sabe que a vida é um
milagre datado.
Brinco com as palavras
que me vem à mente,
infeliz e contente,
consciente ou não,
pois de nada estou seguro
neste domingo de maio,
com as espinhas que
brotaram no meu nariz
e a notícia de que, vem
por aí,
segundo dizem, um grande
frio.
Rio,
para as pessoas que não
entendem nada,
e torno a dar risadas,
só para comprovar
que Aristóteles tinha razão:
-Não há inteligência sem
um raio de loucura,
doce criatura!
Pode me chamar do quiser
nada vai mudar este calor
e sinto falta do teu amor.
Ilustração: https://blog.savegnago.co
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