Serpente, em algum momento, foi
o que ninguém sabe o que é.
Talvez um galo com quatro patas,
de penas amarelas,
asas espinhosas,
cauda de serpente
e cabeça dupla
tenha sido.
Mortal o teu veneno esquecido-
até via espelho-
como se a visão venenosa
tivesse perdido,
meu pequeno rei.
Que sei?
Que, cruel,
gostas do imaterial e do invisível
tanto que, com os tempos,
se apoderaste da inteligência artificial-
o teu poder mortal-
e nos fizeste parte do teu experimento.
Sobrepassaste os humanos
e os tendo tão submissos-
na ignorância e na imbecilidade-
nem mais se preocupas em os exterminar:
deixa que eles mesmos,
com ferocidade,
a própria raça acabe por matar.
Ilustração: https://www.meteorologiaenred.com/
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