LOVE IN A TIME OF COVID-19
Craig Santos Perez
a variant of Pablo Neruda’s Sonnet XVII
I don’t love you as if you were penicillin,
insulin, or chemotherapy drugs that treat cancer,
I love you as one loves the sickest patient:
terminally, between the diagnosis and the death.
I love you as one loves new vaccines frozen
within the lab, poised to stimulate our antibodies,
and thanks to your love, the immunity that protects
me from disease will respond strongly in my cells.
I love you without knowing how or when this pandemic
will end. I love you carefully, with double masking.
I love you like this because we can’t quarantine
forever in the shelter of social distancing,
so close that your viral load is mine,
so close that your curve rises with my cough.
O AMOR NO TEMPO DA COVID-19
Eu não te amo como se você fosse penicilina,
insulina ou drogas quimioterápicas que tratam o
câncer,
Eu te amo como se ama o mais doente paciente:
terminalmente, entre o diagnóstico e a morte.
Eu te amo como se ama novas vacinas congeladas
dentro do laboratório, prontas para estimular nossos
anticorpos,
e graças ao seu amor, a imunidade que protege
que responderá à doença fortemente em minhas células.
Eu te amo sem saber como ou quando esta pandemia
irá ter fim. Eu te amo com cuidado, com máscara dupla.
Eu te amo assim porque não podemos ficar em quarentena
para sempre no abrigo do distanciamento social,
tão perto que sua carga viral é minha,
tão perto que sua curva sobe com minha tosse.
Ilustração: https://www.fazendariogrande.pr.gov.br/.
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