Tuesday, August 30, 2022

LXXIII


Cada um de nós

é resultado de uma teia

que nem sabemos quem teceu.

Cada um de nós 

é um mistério

que não se sabe explicar.

Um nó

fruto de toda uma rede

que, pelo tempo, se estendeu.

Uma sombra única

de uma história incerta

e sem roteiro,

faíscas fugazes de um candeeiro

que não se sabe quem acendeu

e, como todas as luzes,

um dia 

destinada a se apagar

por falta de pavio, fogo ou ar. 

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