Há sempre um amanhã,
não importa a negrura da noite,
ser o dia enevoado ou não,
se estamos bem
ou nos treme o coração.
É só olhar para a frente-
nossa única questão real-
pois, todo o resto é banal.
Nós, estamos aqui,
sempre estaremos,
com consciência ou sem ela,
podendo, ou não, olhar pela janela.
É inevitável
o fluir do tempo
e voltarmos ao nosso estado natural.
Não há nada a temer:
aproveita o teu tempo,
pó de estrelas,
vive o que puder viver!
(De "Cem Poemas em Cem Dias", Maringá, Editora Viseu, 2021).
Ilustração: Portal Deviante.
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