SPESSO IL MALE DI VIVERE HO INCONTRATO
Eugenio Montale
Spesso il male di vivere ho incontrato:
era il rivo strozzato che gorgoglia,
era l'incartocciarsi della foglia
riarsa, era il cavallo stramazzato.
Bene non seppi, fuori del prodigio
che schiude la divina Indifferenza:
era la statua nella sonnolenza
del meriggio, e la nuvola, e il falco alto levato.
MUITAS VEZES O MAL DE VIVER ENCONTREI
Muitas vezes encontrei o mal de viver:
era o riacho estrangulado que borbulha,
era o embrulho da folha
ressecada, era o cavalo caído.
Bem, eu não sabia, fora do prodígio
que abre a janela da divina indiferença:
era a estátua em sonolência
do meio-dia, e a nuvem, e o falcão ao alto elevado.
Ilustração: Portal RCC News.
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