Há
tantos degraus, janelas,
portas, corredores, tapetes,
retratos,
naturezas mortas,
neste
mundo de pedras e de escuridão,
que
procuro, logo, a tua mão,
como
forma de esconder o medo.
E
olha que ainda é cedo,
nem
escureceu ainda.
Mal
ouço quando me dizes
que é tudo bonitinho
e com um misto de carinho:
-A
noite, aqui é linda!
Olho
a cama imensa,
o
dossel, o espelho,
o
ar enfezado do conde sobre a lareira,
e
digo a mim mesmo ser pura besteira
ter
medo de fantasmas.
Mas,
o mordomo tem um olhar de drácula
e,
de repente, como você nada sente, puxa!,
já
tenho a impressão de que sejas uma bruxa!
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