Sigfredo
Ariel
Con
un lápiz en papel cuadriculado
a
la luz de una vela de ciclón
la
mano pasajera se ha acordado
de
tu conversación
acerca
de cómo permanecen
las
personas en uno. Sobre marismas
y
cambios de gobierno personal
algunas,
por cierto, no parecen
ser
las mismas que dejamos entrar
por
puerta angosta un día. Lo real
no
vive en el país que habitan: allí no crecen
ni
obran ni maduran.
Más
de llegar
una
noche a tu puerta un otro, el mismo
a
quien no reconoces, esas personas quitan
al
recién llegado intruso del lugar
sin
miramiento alguno
y
continúan sin cambiar, pues así duran
igual
que dura y dura en Cuba el comunismo.
COM MARILYN BOBES
Com
um lápis no papel milimetrado
à
luz de uma vela ciclone
a
mão que passageira foi acordada
de
tua conversa
acerca
de como permanecem
as
pessoas em uma. Sobre pântanos
e
trocas de governo pessoal
algumas, por certo, não parecem
sejam
as mesmas que deixamos entrar
por
uma porta estreita um dia. O real
não
vive no país em que habitam: ali não crescem,
não
trabalham nem amadurecem.
Mais
há de chegar
uma
noite na tua porta um outro, o mesmo
a
quem não reconheces, essas pessoas retiram
o
intruso recém-chegado do lugar
sem
qualquer consideração
e
continuam sem mudar, porque duram
assim
como o comunismo dura e dura em Cuba.
Ilustração:
https://www.isliada.org/.
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