Há
diferenças sim
entre
as borboletas e os homens,
como
a vaidade, o luxo
e
a duração da vida.
É
tudo tão lindo e frágil...
O
tempo, uma ilusão,
sempre
em frente,
rindo
da pretensão da gente
de
se ver como vida inteligente.
Desafiamos
os céus, as leis naturais,
as
possibilidades, os mares
e
jogamos tudo pelos ares
por
dinheiro, prazer e mais.
Criamos
nossos nós,
enquanto
ficamos sós,
isolados
por um pequenino vírus,
que
nos revela a morte na espera,
ceifadora
de sonhos, inesperada
como
as flores que brotam
dando
novas cores à estrada
e
nos fazem ter alegria de viver
na
manhã ensolarada.
Penso
em você:
no
vinho que tive,
no
amor que não tive,
na
saudade que terei,
com
a sensação terrível
de
que um dia,
contra
todos os meus desejos,
não
terei mais teus beijos
e
aqui não estarei.
Ilustração:
https://aviagemdosargonautas.net/.
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