IL PROGETTO DI SE
STESSO (II)
Giovanni
Giudici
L’ingegnere
non era l’ingegnere che progetta
il
ponte per dove altri dovranno passare:
era
egli stesso l’uomo inseguito che aspetta
davanti
al vuoto la cosa per traversare.
Né
il ponte era il ponte che si protende
da
un principio di terra a un termine certo:
era
l’avventura dell’arco nascente
a
una volta inesistente.
Non
era l’ingegnere che mette insieme
cemento
e malta e catrame e sassi:
era
egli stesso che doveva farsi a pezzi e costruirsi,
sopra
di sé avanzare con i suoi passi.
Dunque
ingegnosamente si adoperava.
Colmava
il niente davanti col niente che dietro restava.
Si
gettava per lungo, si rialzava, camminava:
così
rapidamente che in quel vuoto non cascava.
O PROJETO DE SI MESMO (II)
O
engenheiro não era o engenheiro que projeta
a
ponte por onde os outros terão que passar:
ele
era o mesmo homem perseguido que espera
diante
do vazio a coisa a atravessar.
Nem
a ponte era a ponte que se estende
de
um princípio de terra a um termino certo:
era
a aventura de um arco que nasce
de
uma abóboda inexistente.
Não
foi o engenheiro que junta
cimento
e argamassa e alcatrão e pedras:
era
o mesmo que devia fragmentar-se e
construir-se,
avançar
acima de seus passos lentos.
Tão
engenhosamente ele operava.
Que
nada de adiante com nada de trás ficava.
Ele
se deitava por largo, levantava-se e caminhava:
tão
rapidamente que no vazio não se precipitava.
Ilustração:
multiformacao.blogspot.com/.
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