Há
muitas coisas bobas que podemos fazer sozinhos.
Nas
longas noites, sem sono, contar carneirinhos,
Pensar
que poderia ter nascido no Nepal ou na Patagônia;
ser
um plantador de tulipas ou de begônias,
quem
sabe, em outra vida, ter sido japonês, malaio ou cigano,
mas,
não! Me pego, me vejo, um velho sul-americano,
com
tantos sonhos ainda de aventuras,
e
fazendo juras de amor de distante
como
se, nas artes da vida, fosse iniciante.
Protesto,
no Facebook, no Whatsapp, nos e-mails
contra
o isolamento prolongado, que receio,
pode
se estender muito além do outono.
E
nada de aparecer o sono.
Nem
penso em ligar para ti.
Deves
dormir no teu sono justo,
depois
de um ou dois copos de álcool,
de
ter visto televisão ou, ao custo,
de
ter feito, o que não faço,
ter
falado com Deus e o mundo,
por
este maldito celular,
que
não pensas em largar.
Quando
este isolamento passar,
tu
podes esperar,
do
teu lado, jogarei fora,
qualquer
coisa que separe nós dois,
assim,
iremos tratar do nosso feijão com arroz,
e
passar de um isolamento sozinho,
para
o isolamento de teus braços-
com
uma multidão de beijos, abraços e carinhos!
Ilustração:
https://www.spiritfanfiction.com/.
No comments:
Post a Comment