Wednesday, April 15, 2020

Outra poesia de Shanta Acharya



HIGHGATE CEMETERY

Shanta Acharya

I wander among the dead in a cemetery town,
exploring winding paths where angels carved in stone
direct me through green alleyways.

This island with overhanging yew and trailing clematis,
unifying ivy nurturing insects, larvae, butterflies and birds
has more to do with the living than the departed.
We need solace of the Comfort Corner more than the dead.

Through the hawthorn and blackthorn, field maple and elm,
a cool wind blows steadily through our realm.

The voices of children from the playground
confirm the inscription on Karl Marx’s tomb:

The philosophers have only interpreted the world
in various ways. The point however is to change it.

Every day our little world changes a little bit,
whether we like it or not is quite irrelevant.
I imagine a dialogue between Marx and Krishna.
It is easier I confess to alter myself than the world.

When our friends start to leave it is time
to take stock of our coming and going:

Of those immortal dead who live again
in minds made better by their presence.

In unmapped terrain within us we bury
in terraced catacombs painful memories.
If only we could let them grow out of us like trees.

Note: Of those immortal dead who live again/ in minds made better by their presence – epitaph on George Eliot’s tomb in Highgate Cemetery, London.

Cemitério de Highgate

Eu vago entre os mortos no cemitério da cidade,
explorando os caminhos sinuosos onde os anjos esculpidos em pedra
direcionam-me através de alamedas verdes.

Esta ilha, povoada de pinheiros, e à direita trepadeiras,
compactadas alimentando hera, insetos, larvas, borboletas e pássaros
tem mais a ver com a vida do que o partido.
Nós necessitamos de consolo de um canto de conforto mais do que os mortos.

Por meio do espinheiro e do espinho preto, na borda do campo e ciência,
um vento frio golpeia,  de forma constante, através de nosso reino.

As vozes das crianças do campo de jogos
confirmam as inscrições no túmulo de Karl Marx:

Os filósofos têm apenas interpretado o mundo
de várias maneiras. O ponto, porém, é como muda-lo.

Todos os dias o nosso pequeno mundo muda um pouco,
Gostemos, ou não, isto é irrelevante.
Imagino um diálogo entre Marx e Krishna.
É mais fácil de me confessar a mim mesmo que ao mundo.

Quando nossos amigos começarem a nos deixar, é hora de sair
para fazer um balanço do nosso ir e vir;

Os imortais mortos que vivem novamente
Na mente faz melhor por sua presença.

No terreno não mapeado dentro de nós enterramos,
No terraço das catacumbas, memórias dolorosas.
Se nós pudéssemos deixaríamos crescer fora de nós como árvores.

Nota: Entre os mortos o imortal quer viver de novo / nas mentes fez o melhor por sua presença - epitáfio no túmulo de George Eliot no cemitério de Highgate, em Londres.

Ilustração: Wikimedia Commons.

1 comment:

Luiz Gomes said...

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