Friday, April 24, 2020

Outra poesia de Donata Berra





Sempre mi scordo di te, sempre

Donata Berra
                                  a Roberto
Sempre mi scordo di te, sempre
mi perdo, ardo per altro, guardo
agli incanti, dove attenti
stanno in agguato trabocchetti,
lacci, e la ventura. Inseguo
i mulinelli tutti,
l'aria sventata dei libecci in fuga
su verso il bosco che ignaro trascolora
e si dipinge ancora
avanti il sonno.
Cerco qua e là
come a caccia di mirtilli,
fuori disegno,
spinta e malsicura.

Se ti ritrovo, se a te ritorno, è allora
alla stagione degli alberi di cachi
coi neri rami nudi carichi d'oro.

SEMPRE ME ESQUEÇO DE TI, SEMPRE

Sempre me esqueço ti, sempre
me perco, ardo por outras coisas, guardo
encantamentos, onde atento
às armadilhas estão à espera,
atacadores e sorte. Persigo
eu todos os rolos,
o ar frustrado de fugir liberto
em direção à floresta que cores inocentes
e ele ainda se pinta
dormir à frente.
Eu procuro aqui e ali
como a perseguir mirtilos,
fora do desenho,
impulsionado e inseguro.

Se eu te encontrar, se eu retornar a ti, é então
para a estação das árvores de caqui
com os ramos pretos e nus, carregados de ouro.



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