Thursday, September 10, 2020

De volta Federico Hernández Aguilar


MORIR NO ES LO MISMO

Federico Hernández Aguilar

                                              A Susana

No importa que me postre tu apetito

si a la postre seré lo que yo quiera,

si de tu cuerpo lúcido me espera

la misma devoción por el delito.

 

No importa que tu pubis infinito

me devore los labios como fiera

y en la inmortalidad de tu alma entera,

entero deba darme, como un grito…

 

Lo que importa es amar, dejar de serte

lúgubre; imaginar sin sal la herida,

sin Dios el bien, y pretenderme fuerte.

 

Te tengo… y es posible en tal medida

unir las cicatrices de la vida,

que morir no es lo mismo que la muerte.

 

MORRER NÃO É O MESMO

 

Não importa que me destrua teu gosto

se ao fim serei o que eu queira,

se de teu corpo lúcido me espera

a mesma devoção pelo delito.

 

Não importa que teu púbis infinito

me devore ​​os lábios como uma fera

e na imortalidade tua alma enterra,

tudo que deva me dar, como um grito ...

 

O que importa é amar, deixar de ser te

pavoroso; imaginar sem sal a ferida,

sem Deus, o bem, e pretender-me forte.

 

Te tenho ... e é possível em tal medida

unir as cicatrizes da vida,

que morrer não é o mesmo que a morte.

Ilustração: https://cbncuritiba.com/.

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