MORIR NO ES LO MISMO
Federico
Hernández Aguilar
A Susana
No
importa que me postre tu apetito
si
a la postre seré lo que yo quiera,
si
de tu cuerpo lúcido me espera
la
misma devoción por el delito.
No
importa que tu pubis infinito
me
devore los labios como fiera
y
en la inmortalidad de tu alma entera,
entero
deba darme, como un grito…
Lo
que importa es amar, dejar de serte
lúgubre;
imaginar sin sal la herida,
sin
Dios el bien, y pretenderme fuerte.
Te
tengo… y es posible en tal medida
unir
las cicatrices de la vida,
que
morir no es lo mismo que la muerte.
MORRER NÃO É O MESMO
Não
importa que me destrua teu gosto
se
ao fim serei o que eu queira,
se
de teu corpo lúcido me espera
a
mesma devoção pelo delito.
Não
importa que teu púbis infinito
me
devore os lábios como uma fera
e
na imortalidade tua alma enterra,
tudo
que deva me dar, como um grito ...
O
que importa é amar, deixar de ser te
pavoroso;
imaginar sem sal a ferida,
sem
Deus, o bem, e pretender-me forte.
Te
tenho ... e é possível em tal medida
unir
as cicatrizes da vida,
que
morrer não é o mesmo que a morte.
Ilustração: https://cbncuritiba.com/.
No comments:
Post a Comment