Anna Moreno Guirao
No ho sé
si
és quelcom arbitrari
la
inèrcia de les agulles
del
meu rellotge.
No
ho sé
si
et voldria amb mi
si
és tan fugitiva l’alegria compartida
si
soc tan inconformista
potser
no mereixo cap alta estima.
M’és
igual
si
devores la vida a queixalades
si
aturen el teu impuls
o
la teva embranzida,
el
meu sabotatge és propi.
On
queda la meva confiança?
S’ha
n’ha anada amb tu.
Penso,
dic i sento,
però
res coincideix.
La
realitat m’és poc real ja
i
no goso gaudir dels poemes amorosos
quan
sento més la tristesa que l’amor
i
no escric si ets amb mi,
però
no ets meu
i
et conec tant com em desconec.
Não sei de poesia
amorosa
Não sei
se é algo arbitrário
a inercia das agulhas
de meu relógio.
Não sei
se te queria comigo
se es tão fugitiva a alegria compartilhada
se sou tão inconformada
talvez não mereça nenhuma alta estima.
Me é igual
se devoras a vida aos bocados
se detém o teu impulso
ou tua aceleração,
minha sabotagem é própria.
Onde a queda da minha confiança?
Se ela há ido contigo.
Penso, digo e sinto,
porém nada coincide.
A realidade me é pouco real já
e não ouso desfrutar dos poemas
amorosos
quando sinto mais a tristeza que o
amor
e não escrevo se estás comigo,
porém não és meu
e te conheço tanto como me desconheço.
Ilustração:
https://www.bing.com/.
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